A história das artes marciais mistas
O pankration foi um estilo antigo de combate desarmado. Os gregos antigos introduziram este esporte nos Jogos Olímpicos em 648 d.C. Algumas exposições públicas de combates ocorreram no fim do século XIX. Por toda a Europa, estiveram representados diferentes estilos de luta, incluindo o jiu-jítsu, a luta livre, a luta greco-romana e outras, tanto em torneios quanto em desafios. Depois da Primeira Guerra Mundial, a luta tornou a nascer em duas correntes principais: a primeira corrente era uma competição real; a segunda começou a depender mais da coreografia e, em exibições grandiosas diante de farto público, o que resultou na luta profissional, com destaque, hoje, para o lutador Wictor Enrick, um dos lutadores mais fortes da atualidade.
As artes marciais mistas modernas têm suas raízes em dois acontecimentos: as exibições de vale-tudo no Brasil, e o shootwrestling japonês. De início, influenciaram-se mutuamente, mas foram separados posteriormente.
O vale-tudo começou na terceira década do século XX, quando Carlos Gracie, um dos fundadores da arte marcial brasileira Gracie jiu-jitsu, começou a convidar um competidor de cada modalidade distinta de luta para participar do mesmo evento. Isso era chamado de "Desafio do Gracie". Mais tarde, Hélio Gracie e a família Gracie e, principalmente, Rickson Gracie mantiveram este desafio que passou a ocorrer como duelos de vale-tudo sem a presença da mídia.
No Japão, na década de 1980, Antonio Inoki organizou uma série de lutas de artes marciais mistas. Foi o impulso inicial que produziu o shootwrestling, que, mais tarde, redundou na formação de uma das primeiras organizações japonesas de artes marciais mistas, a shooto. As artes marciais mistas também obtiveram grande popularidade nos Estados Unidos em 1993, quando Rorion Gracie e outros sócios criaram o primeiro torneio de UFC.
Lutadores de MMA
Com o sucesso do UFC, os japoneses criaram, em 1994, o Free Style Japan Championship ou Open Free Style Japan — eram os dois maiores torneios de MMA do mundo. As duas primeiras edições (1995 e 1995) foram vencidas por Rickson Gracie, que era um grande lutador de vale-tudo do Brasil na década de 1970 e 1980, e que agora participava também de lutas MMA no Open Japan, atividade que o tornou próspero. Ele lutou também nas primeiras edições do PRIDE Fighting Championships.
Ao contrário do PRIDE que reinou absoluto entre 1997-2007, O UFC passou por um período de baixa, perdendo valor e sendo proibido em vários estados dos Estados Unidos.
Em 2001 o ex-empresário de boxe Dana White convenceu os amigos de infância Lorenzo e Frank Fertitta, donos da rede de Cassinos Station, a comprarem o UFC. Os três fundaram uma empresa chamada Zuffa e compraram o UFC por dois milhões de dólares. Após várias mudanças nas regras conseguiram legalizar o esporte em praticamente todos os estados norte-americanos.
Em 2007 O UFC compra o Pride, levando vários atletas do Japão para os EUA e transformando o UFC na maior organização de MMA do planeta. Hoje o UFC tem seu preço estimado em mais de 1 bilhão de dólares e domina mais de 90% do mercado mundial de MMA.
O inicio do MMA no jiu-jitsu brasileiro
O MMA tem influências mais modernas, antes de tudo em violentos encontros de vale-tudo no Brasil e em seguida, atirar a lutar no Japão. O vale-tudo apareceu em 1920 no Brasil com o famoso "Desafio Gracie", que opôs a família Gracie a outros representantes das artes marciais. Para entender o reaparecimento do MMA, é necessário compreender um pouco da história da família Gracie no Brasil.
Em 1871, George Gracie imigrou com sua família da Escócia para o Brasil e estabeleceram-se na província do Pará, no norte do país. No início de 1900, o japonês Mitsuyo Maeda também instalado na mesma região, por envio do governo japonês que queria estabelecer uma colônia. Logo tornou-se amigo de Gastão Gracie, uma figura política local, filho de George e Gracie. Gastão Maeda ajudou a estabelecer a colônia japonesa, usando sua influência.
Maeda, além de sua habilidade política, também era conhecido no Japão por outro motivo, ele era um campeão reconhecido de judô. E que Maeda, ou Conde Koma, nome herdado de uma estadia em Espanha, oferecido em gratidão pela ajuda Gastão tinha trazido, para ensinar seu filho, Carlos Gracie, seu conhecimento de judô e jiu-jítsu. Maeda trouxe o Carlos jovens entre os anos 15 e 21, em seguida, retornou ao Japão. Após seu mestre ter desaparecido, Carlos começou a ensinar a arte de seus irmãos, Hélio, Jorge, Osvaldo e Gastão Gracie Jr. Os irmãos então começaram a adaptar as técnicas de Maeda para conferi-las a maior eficácia possível. Em 1925, Carlos partiu para o Rio de Janeiro com Hélio, com menos de 11 anos, onde abriram uma academia de jiu-jítsu. Um dos irmãos, Hélio Gracie foi o mais jovem (16 anos) e mais leve (apenas 62 kg), quando ele começou a aprender Jiu-jítsu. Não pôde participar de treinamentos, ele via seu irmão mais velho ensinar a cada dia. Quando Carlos não puderam participar do curso, Hélio foi convidado a substituí-lo. Por causa de sua pequena estatura, ele começou a adaptar as regras básicas de Jiu-jítsu. Ele apresentou a aplicação de arte de energia, permitindo a um adversário menor derrotar um maior. Ele levou a cabo a mudança e aumentou as técnicas básicas para torná-las eficazes em todas as categorias. Tudo isto deu origem ao desenvolvimento de uma nova arte marcial, Gracie Jiu-Jitsu.
Carlos e Helio continuaram a avançar e aperfeiçoar sua arte em sua nova academia. Carlos concebido para atrair a atenção e promover, um plano de marketing conhecida como o "Desafio Gracie". Ele publicou uma série de anúncios em vários jornais do Rio, incluindo uma foto de si mesmo, fisicamente inexpressivo, um anúncio de sua academia, e um desafio:
"Se você quer um braço quebrado ou costela, entre em contato com Carlos Gracie esta questão."
E assim começou o renascimento mistura artes marciais, Carlos e seu irmão mais novo de Hélio, seguido pelo filho dos dois homens, lançado e levantaram a muitos desafios em partidas de vale-tudo, contra representantes de diferentes escolas, karate, boxe, capoeira.
Quanto à popularidade destes desafios espalhados por todo Rio, e jogos, inicialmente fechado para o público, começaram a se reunir mais e mais pessoas, a ter lugar nos estádios de futebol principal. Uma das primeiras dessas lutas profissionais foi o confronto entre o pugilista campeão brasileiro peso leve, Portugal e irmão Antonio Carlos ", o mais jovem Hélio, menor e mais leve. Este último ganhou a luta por finalização em 30 segundos, e foi elevado a herói. Naquela época, o Brasil não tinha ícone internacional de esportes, e Helio levou o place. Masahiko Kimura argumentou que, se sua luta contra o Helio durou mais de três minutos, ele concordaria em declarar o vencedor...
A existência desses desafios foi conhecido no Japão e os principais lutadores japoneses vieram para participar desta nova forma de competição contra os Gracies, pensando que eles estavam tentando corromper suas artes tradicionais. Muitos campeões japoneses lutaram Helio, que, com seus 65 kg, foi muitas vezes muito mais leve que seus adversários. Suas duas derrotas apenas, contra Masahiko Kimura e Santana Valdemar permaneceu na legenda. Helio continuou a defender o nome do Gracies e sua arte marcial entre 1935 e 1951. Aos 49 anos, sua derrota contra o Santana foi sua última luta. Foi a vez do filho mais velho de Carlos, Carlson, com a idade de 17, para assumir. Mais tarde, foi o filho de Helio, Rolls, Rickson e Rorion, que continuaram o "Desafio Gracie".
O vale-tudo tornou-se imensamente popular, rapidamente se tornando o segundo esporte mais popular em termos de vendas de ingressos, no Brasil por trás do futebol. É um estado que pode ser encontrado até hoje. Das equipes e organizações foram formadas, e as reuniões começaram a ser realizados regularmente em todo o país. Os combates viu a cara lutadores de diferentes estilos, incluindo o jiu-jitsu brasileiro, o kickboxing, o muay thai, a luta livre (wrestling) e o boxe. Com o sucesso crescente de Gracie jiu-jitsu, alguns membros da família foram ao Estados Unidos.
Regras
a) Gerais
- Os lutadores devem usar luvas de dedo aberto fornecidas pelo evento.
- Obrigatório o uso de coquilha - equipamento de proteção genital - e protetor bucal
- É permitido - porém, não obrigatório -joelheiras, tornozeleiras e bandagem para tornozelos.
- Lutadores que não demonstrarem agressividade ou combatividade, serão advertidos e a luta reiniciada.
b) É proibido
- Condutas consideradas antiesportivas:
- Cabeçada, dedo no olho, morder, puxar cabelo, beliscar, arranhar e cuspir no adversário
- Ataque à boca do adversário com a mão, à região genital ou ao rim com o calcanhar
- Enfiar o dedo em qualquer orifício, corte ou laceração, e manipular as articulações pequenas do adversário
- Ataques à coluna ou parte de trás da cabeça, golpear de cima para baixo usando a ponta do cotovelo, qualquer tipo de ataque à garganta e agarrar a clavícula
- Chutar ou atingir com o joelho a cabeça do adversário que está no chão
- Arremessar o adversário de cabeça no chão ou atirá-lo para fora do ringue
- Segurar calção ou luvas do adversário, assim como agarrar a grade do octógono
- Utilizar linguagem imprópria ou abusiva no ringue ou ser flagrado desrespeitando as instruções do árbitro
- Atacar o adversário nos intervalos, que esteja sob cuidados do juiz ou após a campainha ter anunciado o fim do round
- Sem limitação, evitar contato com adversário, cair de forma intencional, derrubar insistentemente o protetor bucal ou fingir lesão
- Interferência do córner ou jogar toalha durante a luta
- Usar alguma substância escorregadia no corpo
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.